O que é o linfedema e como reduzir as chances de desenvolvê-lo?
O tratamento do câncer de mama tem a finalidade de curar e aliviar os sintomas da doença. No entanto, alguns efeitos colaterais são percebidos de acordo com a intensidade, método e duração do tratamento de cada paciente.
No caso do tratamento cirúrgico, muitos cuidados devem ser tomados após o procedimento, principalmente para evitar o desenvolvimento do linfedema.
O linfedema é o acúmulo de líquido nos braços ou nas pernas após a cirurgia ou a radioterapia no tratamento do câncer de mama. Este acúmulo ocorre devido ao bloqueio do sistema linfático, de modo que o vaso linfático não faça a drenagem adequada do fluido corporal.
Dados apontam que aproximadamente uma em cada cinco mulheres com câncer de mama terá linfedema. Enquanto algumas apresentam apenas um inchaço nas mãos e dedos, outras podem ver seu braço inchar até o dobro do tamanho normal.
Por isso, é importante adotar hábitos para diminuir as chances do linfedema ao fim do tratamento. Se você não sabe quais os fatores de risco e como se prevenir contra este efeito colateral, aprenda tudo a seguir:
#Principais fatores que causam o linfedema
– Cirurgia de remoção dos linfonodos e de esvaziamento axilar;
– Complicações pós-operatórias;
– Radioterapia na região dos linfonodos;
– Câncer metastático;
– Infecção bacteriana ou fúngica;
– Idade;
– Sobrepeso e obesidade.
O linfedema, quando agudo, desenvolve-se logo após a cirurgia e em menos de seis meses tende a desaparecer. Já o linfedema crônico ocorre quando as alterações do sistema linfático não atendem às necessidades de drenagem da linfa. Este último ocorre após cirurgia e radioterapia, ou então meses ou anos após o tratamento do câncer.
#Principais maneiras de evitar o linfedema
– Tente evitar infecções mantendo a pele limpa e protegida. Tome muito cuidado com cortes nas axilas, mãos e unhas para inibir contaminações;
– Evite queimaduras de todos os tipos, pois o calor causa retenção de líquidos. O ideal é se proteger do sol, tomar cuidado na cozinha e não tomar banhos quentes;
– Limpe e proteja feridas na pele causadas por cortes, arranhões, picadas de insetos, unhas encravadas ou cutículas machucadas;
– Não utilize roupas e acessórios que apertem ou pressionem o braço ou o ombro afetado;
Evite coletar amostras de sangue e aplicar soro, injeções ou vacinas no braço afetado. Toda a sua equipe médica deve protegê-la do risco de linfedema;
– Faça exercícios, mas controle os esforços musculares durante as atividades físicas e não sobrecarregue o braço. Converse com seu médico sobre o nível de atividade adequado para você.
Fazer exercícios é essencial para retomar a elasticidade da pele e o fortalecimento dos músculos, mas é importante um acompanhamento com fisioterapeuta para auxiliar nas atividades físicas ideias para o seu corpo.
Além disso, os exercícios físicos ajudam no controle do peso corporal, o que é ótimo para diminuir as chances de linfedema. Afinal, mulheres com sobrepeso tem maiores chances de desenvolver o linfedema após o tratamento.
Aqui no Instituto nós realizamos diversas atividades em nosso Projeto Saúde, como o Pilates e a Drenagem Linfática, que contribuem para diminuir as chances do desenvolvimento do linfedema. Para acompanhar nossa agenda, clique aqui.
Se você passou por uma cirurgia ou radioterapia nos nódulos linfáticos, procure sempre por sinais de linfedema na área embaixo dos braços. Busque seu médico caso perceba inchaço, fraqueza ou aperto no braço tratado.
Qualquer mudança na área afeta é um sinal de alerta, por isso, a prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais!
Fontes: