A fisioterapia pélvica e a sua importância no tratamento do câncer

Um assunto pouco comentado, no entanto muito importante, é o fortalecimento do assoalho pélvico, principalmente para as mulheres em tratamento ou no pós-tratamento do câncer. 

O assoalho pélvico tem um papel muito importante para o nosso organismo, sendo responsável por dar sustentação a órgãos como bexiga, uretra e útero. Isso significa que é essa estrutura que se relaciona ao controle da urina, das fezes e da resposta do corpo nas atividades sexuais.

O problema é que, em consequência do tratamento quimioterápico, algumas mulheres enfrentam o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico. Isso interfere muito na qualidade de vida da paciente, que pode sofrer com incontinência urinária, hiperatividade da bexiga, incômodo durante a relação sexual e redução da libido.

Felizmente, esse problema pode ser controlado e revertido com a atuação da fisioterapia pélvica. 

 

Entenda a importância da fisioterapia pélvica

Segundo a Dra. Mileine Sbitikowski, fisioterapeuta voluntária no Instituto Peito Aberto, a fisioterapia pélvica trabalha na reabilitação e no equilíbrio da musculatura do assoalho pélvico (parte baixa do abdômen). Esse tratamento engloba as áreas da fisioterapia em ginecologia, urologia, coloproctologia, obstetrícia, dores pélvicas e sexologia.

Ainda de acordo com a Dra. Mileine, a fisioterapia é reconhecida como a primeira linha de tratamento das disfunções do assoalho pélvico.

Por se tratar de uma técnica não invasiva, ela pode ser aplicada em pacientes que apresentam incontinência urinária de esforço, incontinência de urgência, incontinência mista e outras síndromes (como cistite, dor pélvica crônica, disfunções miccionais, entre outras).

A fisioterapia pélvica também ajuda a tratar as alterações relacionadas à menopausa, que pode vir de maneira precoce para quem está em tratamento do câncer de mama. Os problemas mais comuns, nesse caso, além da incontinência, são a dor no ato sexual, perda de libido e diminuição da lubrificação.

 

Como a fisioterapia atua no fortalecimento do assoalho pélvico?

Para reduzir os problemas citados acima, o tratamento contempla recursos fisioterapêuticos como:

 Exercício de contração e relaxamento: esse exercício trabalha a região da pelve e fazem com que o assoalho suba e, em seguida, relaxe. É como segurar a respiração, sendo um movimento que pode ser realizado a qualquer momento, pois é imperceptível aos olhos;

• Pilates: ao trabalhar a contração muscular da parede abdominal, é possível melhorar a percepção sobre a pelve e melhorar a força muscular da região, sem sobrecarregar os músculos;

• Exercícios Kegel: são indicados na reabilitação de incontinências e disfunções sexuais e consistem na execução de movimentos para aumentar o tônus e a força muscular da região. Você pode realizá-los em pé, sentada ou deitada. No entanto, é muito importante ter o suporte de um fisioterapeuta ou educador físico especializado;

• Biofeedback: técnica que utiliza um aparelho para captar informações da musculatura da pelve e transforma em informações visuais para o fisioterapeuta. Com isso, ele orienta a paciente a realizar contrações e relaxamento perineal para ganho de consciência e de força muscular.

Mesmo para quem não passou pelo câncer, os exercícios para o assoalho pélvico são muito importantes. Ao conhecer mais o seu corpo e fortalecê-lo, você evita futuras complicações decorrentes da menopausa e do avanço da idade.

Para mais informações sobre o assunto, acompanhe o Instagram da Dra. @mileinesbitikowski.

Fontes: Uol – Viva Bem, Veja Saúde e Dra. Mileine Sbitikowski

DEIXE SUA MENSAGEM

Feito com por Green Digital - © 2018