Câncer de mama e depressão: e quando os dois aparecem juntos?
O diagnóstico do câncer de mama impacta vários aspectos da vida da mulher. Além de envolver questões como a sexualidade, a autoestima e a possível perda da mama, ele também interfere diretamente na sua saúde emocional, podendo até desencadear quadros de depressão.
A depressão é uma doença de carácter psicológico que pode ser desencadeada por diversos fatores. Identificá-los e combatê-los é de grande importância para que a paciente tenha um tratamento mais eficiente e maior chance de sobrevida.
Você conhece os principais sintomas da depressão? Sabe como lidar com eles durante a luta contra o câncer de mama?
Siga a leitura e entenda a relação entre essas duas doenças e a necessidade de investir em um tratamento multifatorial.
Depressão: o que é e quais os sintomas
A depressão é uma doença silenciosa, que pode se apresentar em qualquer fase da vida de uma pessoa. Na maioria das vezes, ela surge em momentos de instabilidade emocional, como após a perda de uma pessoa querida, uma situação traumática e até mesmo ao receber o diagnóstico de uma doença como o câncer de mama.
Essa doença se apresenta de diversas formas e, apesar dos sintomas não serem tão evidentes, os mais comuns são:
• Variação de humor;
• Fadiga ou perda de energia constante;
• Perda ou ganho de peso sem estar na dieta;
• Aumento ou diminuição do apetite;
• Insônia, sonolência excessiva ou outros distúrbios do sono;
• Crises de choro ou de ansiedade;
• Perda de interesse por hobbies ou atividades cotidianas;
• Inquietação, irritabilidade e dificuldade de concentração;
• Preocupação com a morte e ideação ao suicídio.
Muitas vezes, esses quadros de depressão podem ser confundidos com um momento de tristeza profunda. Por isso, o diagnóstico por especialista é muito necessário. Com isso, a doença pode ser tratada e controlada, o que também facilita o processo de motivação e resposta ao tratamento do câncer de mama.
Mas como tratar a depressão durante o câncer de mama?
O primeiro passo para iniciar o tratamento contra a depressão é procurar ajuda. O apoio de familiares, amigos e parentes é fundamental para que o paciente encontre ajuda médica o mais rápido possível.
A partir de uma avaliação do médico (levando em consideração o contexto da paciente) é que serão decididas as abordagens de controle da doença. Muitas vezes, remédios como antidepressivos podem nem ser necessários e muito menos recomendados. Isso porque alguns medicamentos podem interferir no tratamento, resultando em diferentes efeitos colaterais.
Por isso, é fundamental que um psiquiatra especializado em saúde mental da mulher seja procurado. Ele deve conhecer as interações medicamentosas entre os quimioterápicos e os antidepressivos, buscando soluções naturais e eficientes para a paciente.
Inclusive, no lugar dos antidepressivos, é possível ter uma resposta muito positiva com atividades como:
• Sessões de terapia;
• Prática contínua de atividades físicas;
• Meditação, ioga e técnicas de relaxamento;
• Participação em redes de apoio à mulher;
• Participação em terapias de grupo;
• E, principalmente, o apoio das pessoas queridas à sua volta.
Lembrando que essas e outras abordagens podem ser utilizadas simultaneamente, dependendo da disposição e da necessidade da paciente naquele momento.
Independente da escolha do tratamento, o mais importante é que a paciente conte com a ajuda de pessoas próximas e tenha sempre um psicólogo acompanhando a jornada.
O suporte emocional, aliado às estratégias para proporcionar uma melhor qualidade de vida, são elementos chave para garantir o sucesso no tratamento do câncer de mama e também da depressão.
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