Cuidados paliativos e sua importância para a qualidade de vida do paciente com câncer
Os cuidados paliativos visam diminuir o sofrimento e melhorar o bem-estar do paciente que passa por uma doença grave como o câncer.
Ao contrário do que muitos pensam, o tratamento paliativo não precisa e nem deve ser iniciado quando a doença está em estágio avançado. Na verdade, o quanto antes se introduzir o tratamento, melhor a qualidade de vida do paciente.
Os cuidados podem ser complementares ao tratamento de combate à doença ou serem terapia prioritária, caso o tumor evolua.
Você conhece os cuidados paliativos? Sabe como eles funcionam? No blog de hoje, vamos desvendar e desmistificar essa modalidade de tratamento.
Para que servem os cuidados paliativos?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cuidados paliativos são uma abordagem que objetiva a melhoria na qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante de uma doença que ameaça a vida.
Para o paciente, os cuidados paliativos oferecem assistência com foco no bem-estar da pessoa e não no combate à patologia. Isso é feito através da prevenção e alívio do sofrimento, reduzindo e evitando sintomas físicos e emocionais ocasionados pelo câncer.
No câncer de mama, por exemplo, estes cuidados servem para aliviar sintomas como dor, fadiga, ansiedade ou depressão.
Já para os familiares, a terapia paliativa é aplicada de modo a auxiliar, apoiar e suprir suas necessidades emocionais e espirituais.
Quando iniciar os cuidados paliativos?
O tratamento paliativo deve ser iniciado o mais precoce possível. Isso porque pacientes com doenças avançadas apresentam cerca de 90% de chances de sentirem algum tipo de dor.
Diante disso, é recomendada a introdução de terapias paliativas junto ao início do tratamento (como quimioterapia ou radioterapia), para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Esses cuidados, associados ao tratamento de cura, visam cuidar não apenas dos aspectos físicos, como também psicológicos, sociais e emocionais.
No entanto, um dos problemas com os cuidados paliativos é que, muitas vezes, eles são aplicados de forma tardia. Isso ocorre porque o paciente ou a família rejeitam essa alternativa por acreditarem que não há mais chance de cura.
Quais os profissionais envolvidos nestes cuidados?
A abordagem paliativa é feita por uma equipe multiprofissional, que atua com o objetivo de proporcionar alívio físico e emocional ao paciente e à família. Essa equipe é composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos e até voluntários e cuidadores.
Todos estes profissionais, com suas respectivas especialidades, trabalham para acompanhar e apoiar o paciente oncológico e seus entes queridos.
Quais os tipos de cuidados paliativos?
São diversas as terapias que podem ser benéficas ao paciente em paralelo ao tratamento de combate ao câncer. Exemplos de cuidados paliativos durante o câncer são:
• Fisioterapia, para o controle da dor e dos sintomas físicos;
• Acompanhamento nutricional, para controle do enjoo, náuseas, perda do paladar e outros sintomas;
• Assistência social e psicológica, para apoio emocional ao paciente e à família;
• Aconselhamento espiritual, para encontrar conforto em meio às incertezas;
• Grupos de apoio, para compartilhar experiências entre pacientes e oferecer alívio para os cuidadores.
Práticas como yoga, meditação, massagem, acupuntura, aromaterapia e caminhada também são consideradas como terapias paliativas complementares.
Essas terapias podem ser realizadas no hospital ou na casa do paciente, dependendo do estágio da doença e das suas condições físicas.
Por que desmistificar o tratamento paliativo?
Muitos ainda possuem a ideia de que os cuidados paliativos só devem ser empregados quando não há mais possibilidade de tratamento. Ou seja: quando o paciente está em estado terminal. No entanto, como tais intervenções são benéficas em qualquer momento da vida da pessoa, o quanto antes se iniciar, mais tranquilo é o processo de combate ao câncer.
Lembre-se: receber cuidados paliativos é importante para tratar sintomas que a quimioterapia não combate, como a angústia, a insegurança e a depressão.
Ter acesso aos cuidados paliativos é um direito do paciente e da sua família! Deixe o tabu de lado e busque intervenções para tratar com leveza todas as situações que a doença irá impor.
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