Diagnóstico do câncer de mama: Conheça os exames além da mamografia

O câncer de mama, assim como qualquer doença, precisa de exames laboratoriais e análise médica para ter um diagnóstico preciso. É por isso que, sempre que um nódulo ou outro sinal suspeito nas mamas for identificado, a confirmação e diagnóstico devem ser feitos por exames de imagem. 

No entanto, a mamografia não é o único exame solicitado para confirmação do câncer de mama.

Na verdade, ela deve ser feita anualmente, a partir dos 40 anos, para observar se existem alterações nos tecidos da mama antes mesmo da mulher apresentar algum sintoma. Caso uma lesão seja identificada, o médico pode pedir exames complementares, como ultrassom, ressonância magnética ou biópsia.

Conheça os exames complementares utilizados para diagnóstico do câncer de mama:

Exame de sangue

O exame de sangue é importante para identificar se há o aumento na concentração de alguma proteínas específicas no sangue, como o CA 15.3, CA125, CA 19.9, CEA, MCA, entre outros. Essa análise é necessária pois, quando há algum processo cancerígeno, o aumento dessas proteínas também ocorre. 

Além disso, é pela análise de amostra sanguínea que se identificam as mutações genes BRCA1 e o BRCA2, que apontam predisposição ao câncer de mama. Normalmente, esse teste genético é feito por quem possui parentes próximos que foram diagnosticados com câncer de mama antes dos 50 anos. 

Mamografia 

A mamografia é um exame de imagem das mamas feio por meio de raios X. Ele é utilizado para identificar lesões, nódulos, mudanças de textura ou tamanho e, assim, diagnosticar precocemente o câncer de mama.

No caso da mulher não apresentar sintomas adicionais, a mamografia é feita apenas para rastreamento do câncer, realizando apenas duas imagens de cada mama de dois ângulos diferentes. Agora, caso a mulher apresente sintomas ou alterações no exame de toque ou de rastreamento, é preciso realizar a mamografia de diagnóstico. Nesse caso, ela inclui imagens extras da mama de novos ângulos. 

Ultrassom da mama

É solicitado após a mamografia, quando o resultado apresenta alguma alteração. Esse exame é particularmente indicado para mulheres com mamas densas, sendo um exame complementar à mamografia.

Ao contrário da maioria dos exames de diagnóstico por imagem, a ultrassonografia não utiliza radiação ionizante, mas sim ondas sonoras. Como essas ondas possuem uma frequência acima do limite audível para o ser humano, elas permitem a reprodução por imagens em tempo real de órgãos e tecidos do corpo.

Ressonância magnética

Esse exame é geralmente solicitado em duas situações: 

1. Quando a mulher possui um grande risco de ter câncer de mama e precisa realizar exames frequentes, sem a utilização de raios X;

2. Quando existem alterações nos resultados da mamografia ou ultrassom, sendo necessária uma avaliação detalhada dos nódulos.

Como na ressonância magnética não exige que as mamas da mulher fiquem pressionadas, ela proporciona uma visão mais abrangente e profunda do tecido mamário, o que ajuda na confirmação do diagnóstico e na identificação do tamanho do tumor.

Tomografia computadorizada

Esse tipo de exame de diagnóstico por imagem permite a visualização das regiões do abdômen e do tórax para avaliar a extensão do tumor primário. É por meio da tomografia que se confirma ou nega a disseminação do câncer de mama para outros órgãos.

Quando essa disseminação acontece, ocorre o que chamamos de metástase. Nesses casos, o diagnóstico é necessário para definir o melhor tipo de tratamento, de modo a prolongar a qualidade de vida da paciente.  

PET scan

Esse exame é uma tomografia computadorizada por emissão de pósitrons. Ele é feito através da administração de uma substância radioativa, chamada de traçador. Esse traçador normalmente é a glicose marcada com uma substância radioativa que, quando absorvida pelo organismo, emite radiação que é captada pelo equipamento e transformada em imagem. 

Desse modo, o PET scan é capaz de fazer um mapeamento do organismo da paciente e mostrar como o corpo está funcionando.

Biópsia da mama

Nesse exame, é preciso retirar amostras das lesões da mama para identificar se existem células tumorais. Por ser um exame mais invasivo do que os anteriores, a biópsia normalmente é o último processo utilizado para confirmar o câncer de mama.

A biópsia é feita no próprio consultório médico e o ginecologista aplica uma anestesia local para retirar pequenos pedaços do nódulo. Após análise laboratorial, se confirma a doença.

Após o diagnóstico, ainda é possível realizar outros exames, como cintilografia óssea e radiografia do tórax, para verificar se o tumor atingiu outras partes do corpo. 

Vale lembrar que cada exame é solicitado de acordo com os sintomas relatados pela paciente e alterações identificadas na mamografia. Em alguns casos, determinados exames não precisam ser feitos. Por isso, o acompanhamento médico durante todo o diagnóstico é fundamental.

Para mais conteúdos relacionados ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama, acompanhe o nosso blog

Fontes: Oncoguia e Tua Saúde

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