“Fiz o autoexame e senti uma saliência… Naquele momento, já tinha noção do que eu ia ter que passar”

Me chamo Ana Moreira, tenho 57 anos, sou viúva, tenho três filhos gerados e muitos de coração. Hoje, vou contar um pouco sobre a minha história.

Descobri o câncer de mama após sentir muito incômodo ao deitar do lado esquerdo, para dormir. Ao amanhecer, no banho, fiz o autoexame com as pontas dos dedos ao redor dos meus seios e senti uma saliência. Sabia que não estava normal. Naquele momento, já tinha noção do que eu ia ter que passar…

Já fui conversando com Deus para me fortalecer e comentei com meu esposo o que estava acontecendo. De imediato fui consultar com o ginecologista, Dr. Falcão, que me mandou realizar uma bateria de exames. Logo veio o resultado da biópsia… Ele me encaminhou a um oncologista, Dr. Jean, que de prontidão me atendeu e deu o diagnóstico mais temido: era câncer de mama. Já estava no estágio 4. 

Eu precisava realizar a remoção deste tumor que se tornou maligno. Fiz cirurgia dia 1 de setembro de 2021, retirando o quadrante e mais alguns nódulos que se encontravam na axila.

Depois de dias em casa, me recuperando, removi o dreno. Foi aí que começaram as sessões de quimioterapia. Foram semanas muito difíceis, mas com Deus e o apoio da minha família e do meu marido, tudo ficou mais leve e tranquilo. O desânimo veio muitas vezes, mas a minha fé em Deus e a vontade de vencer eram maiores e sempre serão.

Nesse período de tratamento, conheci o Instituto Peito Aberto. Minha filha falou “mãe, vamos lá para a senhora conhecer!” e lá fui. Felizmente, fui muito bem recebida e fiz muitas amizades. Depois da segunda visita eu já não estava tão apegada mais aos meus cabelos e resolvi cortar, graças ao incentivo das meninas e dos relatos delas. No Instituto, me ofereceram peruca, lenços e  psicóloga.

Eu gostei tanto de usar lenço que depois foi até difícil deixar de usá-los.        

Foi depois  de 4 quimioterapias vermelhas e 12 brancas que o meu cabelo começou a cair. A princípio, tudo foi muito normal, tudo fazia parte do tratamento, mas, nesse intervalo, adquiri uma trombose no braço esquerdo devido a remoção dos nódulos que estavam embaixo das axilas. Aí precisei fazer sessões de drenagem linfática e utilizar meias de alta compressão para que meu braço voltasse ao normal e não inchasse mais. Fiquei limitada de realizar tarefas de casa e meu trabalho, que para mim era muito tranquilo, mas devido a essa situação fui obrigada a parar e me cuidar. 

Em seguida começaram as radioterapias. Fiz 28 sessões em que eu sempre me mantive forte e grata, pois tudo que eu estava passando era da vontade de Deus. 

Minha família e amigos foram essenciais para minha recuperação! Lembro que meu esposo me acompanhava em tudo, minha filha do coração e meu genro também, que muitas vezes deixou de trabalhar pra me levar pra Curitiba. Aquela rotina de ir para o Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, dava muito cansaço, mas ao mesmo tempo sentia muita gratidão pela vida e por estar lutando contra essa doença.

Atualmente faço quimioterapia para os ossos e continuo tomando medicação assiduamente. Hoje, minha oncologista é a Dra. Ângela, lá do Hospital Nossa Saúde, onde eu fui muito bem acolhida.

Meu esposo já não caminha mais comigo – está nos braços de Deus – e, mesmo que eu esteja com algumas restrições, tento levar uma vida normal. Sou eternamente grata a Jesus, à sua Mãe Santíssima e a todos que de alguma forma me ajudaram. Agradeço especialmente às mulheres da minha família, que se reuniram e fizeram um café com uma grande corrente de oração, e ao Instituto Peito Aberto, pelo acolhimento que eu nunca esquecerei.

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