Juntas, somos borboletas, enfrentando essa batalha com força e união.

Meu nome é Débora Ramos e minha história com o câncer de mama começou aos 28 anos. Em julho de 2012, fui diagnosticada e iniciei um tratamento intensivo de quimioterapia, que durou até dezembro do mesmo ano.

Foram 8 aplicações no total, sendo 4 vermelhas e 4 brancas. Em janeiro de 2013, passei por uma mastectomia radical da mama direita, com reconstrução do músculo grande dorsal e retirada total dos linfonodos da axila direita.

Após a cirurgia, fui submetida a 25 sessões de radioterapia. Durante esse período, precisei me afastar do trabalho para focar totalmente no tratamento e na minha recuperação física e psicológica. Todo o processo, desde o diagnóstico até a última sessão de radioterapia, durou cerca de um ano. Em agosto de 2013, pude finalmente retomar minha rotina de trabalho e vida social.

Segui com minha vida normalmente, sempre acompanhada pela mastologista. Fui indicada a tomar um medicamento que utilizei até outubro de 2017. Nesse período, tinha o desejo de engravidar e pedi para suspender o medicamento.

Infelizmente, já estava com metástase nos ossos sem saber. A suspensão do remédio acelerou o crescimento do tumor e, em março de 2018, descobri da pior forma. Eu praticava corrida de rua e, ao me alongar, senti uma dor intensa no quadril que me impossibilitou de pisar no chão.

No pronto-socorro, o raio-x confirmou minhas suspeitas.

Em abril de 2018, após diversos exames de imagem, precisei retirar um pedaço do nono arco costal para confirmação da metástase. Recebi a confirmação e comecei um novo tratamento com uma medicação inovadora para metástase óssea de câncer de mama. Esse tratamento me proporcionou qualidade de vida e quatro anos de sobrevida.

No entanto, em fevereiro de 2022, quando o câncer ósseo já não aparecia nos exames de imagem, fui surpreendida por uma metástase no fígado durante um exame de acompanhamento. Um novo protocolo de tratamento foi necessário.

Hoje, em 2024, ainda estou em tratamento para o fígado. Já troquei várias medicações e vou voltar a tomar o docetaxel, a mesma medicação da quimioterapia branca do início, pois o último exame mostrou progressão da doença no fígado.

Em 2012, eu morava em Paranaguá, Paraná. Em 2014, nasceu o Instituto Peito Aberto, que se tornou um segundo lar para mim. Começou com palestras de conscientização do Outubro Rosa e cresceu até se tornar uma referência para pacientes com câncer. 

Em 2016, voltei para o estado do Rio de Janeiro, de onde sou natural. Atualmente, moro em Rio das Ostras e acompanho o Instituto, sempre recebendo o contato das meninas que se tornaram minha família do Paraná. 

Juntas, somos borboletas, enfrentando essa batalha com força e união.

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