Há um lugar de vitória em meio à guerra!

Falar sobre câncer? Sim, mas não sobre dores e tristezas que uma doença desta pode trazer, por que isto todo mundo sabe, mas para falar de fé, das superações, das vitórias em meio à guerra. Em janeiro de 2017, uma notícia mudaria muito a minha vida, eu tinha sido diagnosticada com câncer de mama, aos 35 anos de idade. Na hora é um choque, não tem como explicar, eu só pensava no meu filho, que não iria vê-lo crescer. Naquele momento eu fui ao fundo do poço, e eu pedi, Senhor, me ajude, me dê forças para vencer isto, eu quero viver, eu quero ver meu filho crescer. E naquele momento eu senti uma força tão grande dentro de mim, uma esperança, uma garra, uma vontade imensa de lutar e vencer, hoje eu digo que aquilo que estava sentindo era Jesus em mim! Então começou uma grande luta contra o câncer.

Deus me deu forças para suportar a cirurgia de mastectomia total bilateral  e ao contrário de muitas mulheres eu pude fazer a reconstrução na mesma cirurgia. Deus me sustentou durante o período de quimioterapias, momento que mexeu muito comigo, pois perdi os cabelos, mas Deus com sua infinita bondade cuidou do meu emocional e me fez ver e aceitar que mesmo careca eu ainda era a Leda, eu nunca me senti feia, pelo contrário, me sentia mais bonita e elegante com lenços coloridos na cabeça, cada dia usava um! Aprendi que através da dor a gente aprende a dar mais valor nas coisas, nos momentos, nas pessoas, a gente olha a vida de outra maneira. Após as quimios e com 10 kg a mais, vieram novos desafios, perder os kgs extras e começar uma medicação diária (que dá vários e fortes efeitos colaterais). Eu me sentia bem, comecei a caminhar, a correr, a dançar, fui perdendo peso, fui mudando os hábitos alimentares, fui melhorando minha qualidade de vida e sempre buscando agradecer a Deus por tudo que estava permitindo na minha vida, nunca questionando, mas sim agradecendo. Se Ele permitiu algo assim na minha vida, Ele queria de alguma forma, mudar algo em mim, tudo tem um propósito, infelizmente a gente não entende na hora, só depois começamos a entender os planos de Deus na nossa vida.          Ano passado eu estava como paciente no Instituto Peito Aberto e hoje eu sou uma das voluntarias, com muito orgulho eu falo disso, pois com a minha dor, minha vivência eu posso ajudar outras mulheres a enfrentar o câncer de forma mais leve, com mais esperança, falando de Jesus a elas. A fé move montanhas e eu tive fé, Jesus foi bom comigo o tempo todo.  Este ano passei por um novo procedimento cirúrgico, fiz a retirada dos ovários e das trompas, era isso que eu queria? Não! Mas quem sabe da minha vida é Ele!

Eu não poderia deixar de falar das orações que recebi isso me fortaleceu muito, além do apoio total do Rodrigo, meu esposo (que em todo momento se mostrou um super parceiro), da minha  família, dos amigos, das irmãs da célula, dos colegas de trabalho. Eu agradeço muito todo o apoio que tive sempre, toda a força, a ajuda, a disposição das pessoas que de alguma forma contribuíram para eu estar aqui hoje. Agradeço ao Instituto Peito Aberto, em especial a Mara Baione e Fabiana Parro que me acolheram com maior carinho e me mimam até hoje! Mulheres fantásticas que a vida nos traz para sermos pessoas melhores.

Tem um louvor que diz assim: ” Há um lugar de vitória em meio à guerra; Há um lugar onde minha fé é fortalecida; Há um lugar que quando se perde é que se ganha, este lugar é no Senhor”! E como eu ganhei nesta guerra… eu ganhei uma nova vida, uma nova esperança, novos sonhos, novos amigos, novos propósitos. Se você hoje passa por isso, lute guerreira, mantenha a fé amada, tenha força mulher e nunca perca a esperança!

Leda, diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos.

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