O câncer não tem idade: e essas mulheres são a prova disso
O câncer de mama é uma doença que afeta, em sua maioria, as mulheres com mais de 50 anos de idade. Esse dado faz com que mulheres mais jovens não se preocupem com a doença: o que é um grande erro!
Atualmente, no Brasil, cerca de 5% das mulheres com menos de 35 anos são acometidas pelo câncer de mama. Isso mostra que, cada vez mais, esse tumor não escolhe idade!
No Instituto Peito Aberto, atendemos mulheres de todas as faixas etárias, dos 20 aos 70 anos. Hoje, trouxemos relatos da Daniela (25) e da Maura (62), para você entender melhor como o câncer afeta as diferentes idades.
Conheça a história da Daniela:
“Olá, me chamo Daniela e vou compartilhar com vocês um breve relato da minha história com o câncer de mama.
Em 29 de janeiro de 2022, no auge dos meus 25 anos, descobri um nódulo na minha mama, e com ele veio o diagnóstico: tumor maligno.
Foi um tremendo choque. Passei pela falta de aceitação e vários momentos de insegurança. Com o resultado, comecei os procedimentos. O meu tratamento teve início no dia 10 de fevereiro, com intervenções como quimioterapia, radioterapia e operações. Tudo isso finalizou em agosto, e hoje eu continuo na luta, apenas realizando acompanhamento.
Eu só descobri o tumor com o auto exame, quando identifiquei algo estranho no meu corpo.
Esse breve relato é para alertar que o câncer não tem idade! Devemos nos cuidar e nos conhecer, para ter um diagnóstico cedo e assim podermos ter essa chance de melhora rápida e com mais qualidade de vida.”
Como a própria Daniela disse, o autoexame é extremamente importante, principalmente porque mulheres mais jovens ainda não têm acesso à mamografia, a não ser em casos muito específicos.
Tendo em vista que o diagnóstico foi precoce, a cura da Daniela foi alcançada rapidamente. Mas como seria em uma idade mais avançada?
Para responder isso, trouxemos o relato da Maura, paciente do Instituto, que descobriu o câncer de mama com 59 anos e em nenhum momento se deixou abater.
Conheça a história da Maura:
“Sou Maura Regina Passos Teixeira e tenho 62 anos. Em julho de 2019, no banho, senti um caroço pequeno na mama direita. Não liguei muito, mas passou 1 semana e o caroço ainda estava lá… Pensei “tem algo estranho acontecendo comigo”. Nesta época eu estava em Santarém (PA), em viagem a trabalho.
No meu retorno para casa, fui fazer os exames de mama, e o resultado deu suspeita de um nódulo na mama direita. A partir disso, foi realizada a biópsia para investigação.
Na data de 20 de dezembro de 2019, o resultado da biópsia chegou: um nódulo com malignidade.
Perdi o chão. Entrei no carro e chorei muito, só pensava “o que vai acontecer comigo daqui pra frente?”. Achava que eu já iria morrer.
Como estava próximo ao Natal, prometi para mim mesma que não iria chorar quando eu contasse para meu filho e parentes… E consegui! Não sei de onde tirei toda essa força, mas sei que Deus sempre estava junto comigo. Prometi também que o Natal e o Ano Novo seriam de muita festa, o que de fato aconteceu.
Em 19 de março de 2020 iniciei a quimioterapia (4 vermelhas e 12 brancas), em 13 de outubro fiz a cirurgia de quadrante, e não foi necessário retirar a mama. Em dezembro do mesmo ano teve início a radioterapia, num total de 19 sessões.
Enfim, 9 meses de tratamento. Tive algumas reações da quimioterapia, mas consegui superar pois trabalhei muito meu psicológico para não me abater. Os cabelos caíram, mas meu filho e sobrinho rasparam os cabelos, me dando o maior apoio. Mas o que me deixou mais feliz foi quando minha netinha Isabella disse “Vovó, você ficou tão linda carequinha”! Então eu assumi a careca, me achando linda e maravilhosa, até porque os cabelos nascem de novo.
Hoje continuo fazendo as consultas e exames de revisão de 6 em 6 meses, e tomo uma medicação por 5 anos.
Só tenho a agradecer o apoio e a força dos meus familiares e amigos, e ao Instituto Peito Aberto pelo acolhimento, carinho e força. Só gratidão.
Meu recado para as mulheres que estão fazendo tratamento ou vão começar a fazer o tratamento: não tenham medo da quimioterapia, pois são as gotinhas da vida! Vamos nos cuidar, vamos nos amar!”