“Hoje sinto que minha missão é propagar o exame e o diagnóstico precoce”

Em novembro de 2020 fui diagnosticada com câncer de mama. Lembro-me perfeitamente do chão se abrindo sob meus pés. Não havia sentido no toque. Foi apenas através da mamografia que descobri, pois era pequeno: 8mm. E isso fez toda a diferença no meu tratamento! 

Eu pensava que câncer de mama era câncer de mama: todos iguais. Mas logo descobri que existem diversos tipos e graus de agressividade, e que o meu era o intermediário, o que exigiria um tratamento individualizado. Meu maior medo eram as quimioterapias, a queda de cabelos e todos os efeitos colaterais que vem com ela.

Graças a Deus, e às mulheres que se submeteram a vários testes em nome da ciência, descobri que hoje existe um exame chamado OnCOType. Infelizmente ele ainda tem um preço muito alto, pois só é realizado nos Estado Unidos. Tive a sorte de conseguir realizá-lo e o resultado foi o melhor possível! Comprovou que eu não precisaria passar pelas quimioterapias. 

Na ocasião, minha médica disse que se eu não tivesse feito o exame, teria que seguir o protocolo de quimioterapias (que inclusive já estavam marcadas). Imagino ter que passar por todo o protocolo sem necessidade e me pergunto quantas mulheres já não precisaram fazer isso!

Hoje sinto que minha missão é propagar o exame e o diagnóstico precoce, para que todas as mulheres com câncer de mama tenham a mesma chance que eu tive. 

Então comecei o protocolo da radioterapia. Foram 25 sessões no total. 

No começo foi bem simples, mas com o tempo os remédios vão queimando o seio e descamando a pele. Encarei esse efeito colateral sem problemas! 

Na época não quis contar do meu diagnóstico para muitas pessoas, pois cada vez que falava, me emocionava. Então resolvi seguir o conselho da minha médica: tratar como qualquer outra doença! 

E foi o que eu fiz. Vivi os seis meses de tratamento com muita fé e pensamentos positivos, como se estivesse tudo bem. Preferi contar a minha história para as outras pessoas apenas quando estivesse mais confortável.

Hoje, a gratidão toma conta dos meus dias e por isso preciso agradecer a minha família, aos meus médicos, meus amigos (que quando souberam ficaram felizes e comovidos). 

Obrigada também a todas as minhas companheiras nessa luta e ao Instituto Peito Aberto, que me oportunizou uma maneira de ajudar outras mulheres na mesma situação em que eu estive.

Acredito fielmente que Deus é maior que tudo! À Nossa Senhora, o meu muito obrigada por atender o pedido de uma mãe…

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