Fertilidade e câncer de mama: é possível engravidar depois do tratamento?
Apesar do câncer de mama ser mais predominante nas mulheres depois da menopausa, dados apontam que até 15% dos novos casos surgem em mulheres ainda em idade reprodutiva.
Aquelas que passam pelo câncer de mama em idade reprodutiva e desejam ter filhos encaram um grande dilema. Isso porque determinados tipos de tratamento, como a quimioterapia, reduzem as chances de engravidar, uma vez que os medicamentos comprometem a função dos ovários.
Mas antes de determinar se a fertilidade da mulher será afetada, é preciso levar em consideração diversos fatores. Os principais são o tipo do tumor, o estágio em que ele foi diagnosticado e as funções hormonais da paciente.
No artigo de hoje, nós vamos te explicar mais sobre esse assunto. Acompanhe.
Como o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama afetam a fertilidade?
Primeiramente, é preciso lembrar que quanto antes o câncer de mama for diagnosticado, mais tranquilo o tratamento e maiores as chances de cura. Por isso, o autoexame das mamas deve ser feito todo mês, por todas as mulheres, independente da idade. Além disso, as mamografias devem ser agendadas anualmente a partir dos 40 anos, para identificar o câncer de mama ainda em seus estágios iniciais.
Dito isso, vamos falar sobre os tratamentos, pois é necessário entender que nem todo tipo de terapia compromete a fertilidade.
Por exemplo, se a paciente passar apenas pela cirurgia e pela radioterapia, a capacidade de gestação permanece normal. Agora, quando é necessário passar pela quimioterapia, existe uma maior probabilidade de afetar as funções dos ovários.
A fertilidade na mulher que passa por quimioterapia para tratar o câncer de mama
Quanto mais avançado o estágio do tumor, maiores as chances da mulher passar pela quimioterapia. Consequentemente, os efeitos colaterais também são mais perceptíveis.
Como a quimioterapia destrói tanto as células cancerígenas quanto as saudáveis, é possível que os óvulos sejam afetados. Com isso, o tratamento afeta o sistema reprodutivo, reduzindo o número de óvulos e minimizando as possibilidades de uma gravidez natural.
Mas isso não significa, em sua totalidade, que a paciente não possa ter filhos. Na verdade, quando ela ainda é jovem e deseja ter filhos, é possível fazer o congelamento dos óvulos ou dos embriões antes de iniciar a terapia.
No entanto, após encerrar o tratamento, a mulher deve esperar de três a cinco anos para engravidar. Essa recomendação se deve pela probabilidade de recidiva do câncer de mama nesse período, uma vez que a gestação seria um obstáculo para o tratamento.
Como as mulheres com câncer de mama podem preservar a fertilidade?
Como dito acima, atualmente existem métodos que permitem que a mulher realize o sonho de ser mãe. Um desses métodos é o congelamento de óvulos, que permite uma futura gestação, mesmo em pacientes que tiveram suas funções ovarianas prejudicadas com a quimioterapia.
Para que isso aconteça, o congelamento de óvulos precisa ser feito antes do tratamento contra o câncer de mama.
Em suma, as possibilidades de gestação natural variam de caso a caso, mas são possíveis desde que haja um tratamento adequado para o câncer de mama, com consentimento entre paciente e médico.
O especialista que te acompanha deve estudar o seu caso para traçar o melhor plano para superar a doença sem problemas de fertilidade.
Por isso, se você tem ou teve câncer de mama e sonha em ter filhos, converse com seu médico sobre como o tratamento pode afetar suas chances de engravidar. Essa discussão também deve envolver o possível risco da recidiva da doença.
Gostou desse conteúdo? Conhece alguma amiga que possa se interessar? Então compartilhe nas suas redes sociais!
Com informações de: Oncoguia e Blog Silvio Bromberg