O impacto do câncer de mama na vida sexual

Ter uma vida sexual satisfatória e saudável é um dos vários fatores indispensáveis para a qualidade de vida. Essa afirmação não é nossa, mas sim da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Todavia, a sexualidade ainda é um grande tabu, principalmente para as pacientes com câncer de mama. Afinal, em meio a toda a turbulência do tratamento oncológico, a paciente pode sofrer com queda de cabelo, problemas de autoestima, depressão e, além de tudo, redução da libido.

O impacto do câncer de mama na vida sexual é tanto que estimativas apontam que cerca de 30% das pacientes oncológicas desenvolvem disfunções sexuais.

Os principais motivos pelo qual isso acontece são:

• Efeitos colaterais do tratamento, como cansaço, dores e enjoo, que reduzem a disposição sexual;
• Redução das taxas dos hormônios estrogênio, progesterona e testosterona, que faz com que a mulher perca o desejo sexual;
• Ressecamento vaginal e dor durante a penetração;
• Problemas emocionais devido ao tratamento, como depressão, que afeta também o desejo sexual;
• Fatores relacionados à autoestima da mulher, seja pela queda do cabelo, pelo inchaço da quimio ou pela remoção da mama.

Diante de todos esses motivos, é natural que a disposição para o sexo fique em segundo plano.

A questão é que muitas pacientes se preocupam com isso, pois têm medo de que a vida sexual (ou a falta dela) possa afetar o relacionamento com seu parceiro. 

Então o que fazer para melhorar a vida sexual durante o tratamento?

Seja pelas mudanças físicas ou pelas alterações hormonais, é importante que você converse com o seu parceiro sobre como vai a vida sexual do casal. Isso porque o seu parceiro também pode ficar inseguro. Ele pode estar se perguntando como abordar o assunto, como expressar seu amor ou seu desejo por você diante do tratamento e, o mais importante, ele pode estar em dúvida sobre o que você pensa e sente em relação a tudo isso.

Por isso, o diálogo aberto é fundamental. A partir disso, vocês compartilham desejos, receios, dúvidas e inseguranças, permitindo até que o relacionamento se fortaleça.

Falando em diálogo, você também precisa conversar com seu mastologista. Isso é importante para encontrar métodos que tratam a secura vaginal, melhoram a libido e reduz o seu desconforto durante a relação sexual. 

Se necessário, converse também com um psicólogo. Esse apoio é fundamental para você fortalecer a sua autoestima e aprender a lidar com sintomas de depressão, ansiedade e insegurança que possam surgir.

Mas não se esqueça: o mais importante é você se cuidar!

Não se sinta pressionada para buscar energia ou disposição para o sexo. O foco é o tratamento e cura do câncer de mama, e a sua saúde é a prioridade. A sexualidade com certeza pode contribuir para que você se sinta melhor, mas não deve ser motivo para você se cobrar tanto. 

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Fontes: Oncoguia e Dr. Silvio Bromberg

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