Mortalidade do câncer de mama: como é possível reduzir esse índice?
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais leva mulheres à morte no Brasil. De acordo com dados do INCA em 2022, as regiões brasileiras com maior índice de mortalidade pelo câncer de mama são Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
No ano de 2018, foram registradas mais de 600 mil mortes por câncer de mama no mundo. Neste mesmo ano, apenas no Brasil, cerca de 17.763 mulheres morreram pela mesma doença.
A taxa de mortalidade por câncer de mama varia ao longo dos anos, mas segue nessa mesma estimativa, indicando que ainda temos um extenso caminho a ser trilhado até reduzirmos esse índice.
Mortalidade do câncer de mama por região
No portal do INCA, é possível visualizar o índice de mortalidade por câncer de mama de acordo com a região brasileira. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de óbitos, com uma estimativa de 12,64 e 12,79 óbitos para cada 100 mil mulheres, respectivamente.
Veja, abaixo, o ranking com as taxas estimadas de cada estado:
- Rio de Janeiro: 15,08 casos para cada 100 mil mulheres.
- Rio Grande do Sul: 13,76 casos para cada 100 mil mulheres.
- Distrito Federal: 12,96 casos para cada 100 mil mulheres.
- Santa Catarina: 12,71 casos para cada 100 mil mulheres.
- São Paulo: 12,46 casos para cada 100 mil mulheres.
- Rio Grande do Norte: 12,37 casos para cada 100 mil mulheres.
- Pernambuco: 12,35 casos para cada 100 mil mulheres.
- Goiás: 12,11 casos para cada 100 mil mulheres.
- Espírito Santo: 11,97 casos para cada 100 mil mulheres.
- Sergipe: 11,79 casos para cada 100 mil mulheres.
- Paraná: 11,65 casos para cada 100 mil mulheres.
- Amazonas: 11,53 casos para cada 100 mil mulheres.
- Ceará: 11,52 casos para cada 100 mil mulheres.
- Minas Gerais: 10,99 casos para cada 100 mil mulheres.
- Mato Grosso do Sul: 10,38 casos para cada 100 mil mulheres.
- Bahia: 10,33 casos para cada 100 mil mulheres.
- Roraima: 10,28 casos para cada 100 mil mulheres.
- Alagoas: 10,09 casos para cada 100 mil mulheres.
- Paraíba: 10,06 casos para cada 100 mil mulheres.
- Mato Grosso: 9,70 casos para cada 100 mil mulheres.
- Piauí: 9,63 casos para cada 100 mil mulheres.
- Rondônia: 8,53 casos para cada 100 mil mulheres.
- Pará: 8,18 casos para cada 100 mil mulheres.
- Tocantins: 7,88 casos para cada 100 mil mulheres.
- Maranhão: 6,52 casos para cada 100 mil mulheres.
- Acre: 6,39 casos para cada 100 mil mulheres.
- Amapá: 6,38 casos para cada 100 mil mulheres.
Em todos os estados, uma estatística é a mesma: a de que a mortalidade por câncer de mama aumenta conforme a faixa etária. É justamente por isso que a mamografia é recomendada para mulheres com mais de 40 anos, devendo ser realizada anualmente.
Como reduzir a mortalidade por câncer de mama no país?
A redução da mortalidade por câncer de mama no país requer a participação de todos, desde a população até os órgãos governamentais. As principais ações que precisam ser tomadas são voltadas para a conscientização, para a prevenção e, obviamente, diagnóstico precoce.
Conscientização:
Os órgãos públicos e empresas privadas precisam promover mais campanhas educativas sobre a importância da prevenção e detecção precoce. Além de incentivar a adoção de hábitos saudáveis para reduzir o risco do câncer de mama, também é necessário incentivar o autoexame das mamas e a realização de mamografias regulares, principalmente em mulheres acima de 40 anos.
Atenção primária à saúde:
Desde cedo, as mulheres precisam compreender a necessidade de cuidar da própria saúde, realizando consultas e exames de rotina para a identificação precoce de fatores de risco. Além disso, também é preciso adotar um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e redução de fatores de risco, como o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas.
Melhoria na infraestrutura de saúde:
O sistema de saúde público brasileiro ainda necessita de muito investimento, principalmente em hospitais e unidades de atendimento de saúde. Esses locais precisam de uma infraestrutura de qualidade para garantir tratamentos adequados, como equipamentos modernos para mamografia e outros exames capazes de detectar o câncer de mama.
Além disso, é preciso investir na capacitação de profissionais de saúde para que possam realizar mais exames preventivos e de diagnóstico precoce, bem como a prescrição de tratamentos especializados para todas as mulheres, independente de sua localização geográfica ou condição socioeconômica.
É por isso que toda a população precisa exigir a atenção e a implementação de mais políticas públicas efetivas de combate ao câncer de mama. Essas políticas devem contemplar ações consistentes e integradas entre governo, instituições de saúde e sociedade civil.
A redução da mortalidade não será algo fácil e nem rápido de se alcançar. Mas, se houver a contribuição de todos, é possível melhorar o prognóstico das pacientes e aumentar as chances de cura de mulheres em todo o país.
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