Relacionamento: A rejeição e o abandono da mulher com câncer de mama

Quando uma mulher recebe o diagnóstico do câncer de mama, a doença não afeta apenas a sua saúde física. 

Além de aprender a conviver com os sintomas e as mudanças causadas pelo tratamento, as pacientes também precisam aprender a lidar com os efeitos na saúde mental e nas relações sociais, profissionais e, principalmente, sexuais.

Enquanto a paciente se adapta com as transformações físicas, como a queda do cabelo, o ganho de peso ou a retirada das mamas, o parceiro pode apresentar um afastamento e até uma rejeição em relação ao novo corpo da mulher. Quando isso ocorre, muitas vezes o sofrimento emocional é maior do que o próprio sofrimento físico. 

Por isso, precisamos falar sobre o assunto.

Abandono da mulher com câncer de mama

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de 70% das mulheres enfrentam o abandono de seus companheiros após o diagnóstico da doença.

Essa rejeição tem um impacto muito negativo no tratamento, pois afeta a saúde psicológica da paciente e pode até levar a um quadro de depressão, o que retarda os resultados do tratamento com quimioterapia ou radioterapia.

É aí que o problema fica ainda maior, pois de acordo com o Centro de Referência da Saúde da Mulher e o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), a depressão ocorre em até 29% dos casos de câncer. Inclusive, a doença está associada a um pior prognóstico e aumento da mortalidade pelo câncer.

Além disso, mesmo em casos em que o parceiro permanece ao lado da mulher, oferecendo um apoio emocional e nos afazeres diários, ela ainda passa pelo medo da rejeição e do abandono. Isso porque a autoestima fica abalada devido às mudanças na aparência. 

Por isso, em frente ao abandono ou ao medo de que isso aconteça, o diálogo é a melhor solução.

A conversa é a melhor forma de expor seus medos, pensamentos, anseios e dúvidas, tanto para o seu parceiro quanto para seus familiares. Ao compreender as emoções do próximo e explanar as suas, as decisões são tomadas com mais facilidade e respeito.

É importante lembrar que os homens ainda possuem uma certa dificuldade para expressar suas emoções, seja por ego ou por tabu. No entanto, em alguns casos, o parceiro simplesmente não sabe como tocar no assunto e, por isso, você pode ser a pessoa que dá início à conversa. 

Em todos os casos, o diálogo também não precisa ficar só entre você e o companheiro. Compartilhar seus pensamentos e experiências com amigas ou com mulheres que passam pelo mesmo problema também pode ajudar.

O suporte de pessoas queridas é muito importante para que a paciente lide melhor com seus sentimentos e tenha forças para lidar com o tratamento.

Clique aqui para entender mais sobre a importância da rede de apoio no combate ao câncer de mama.

Sobre o câncer de mama

Depois do câncer de pele, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Apesar do medo e dos mitos acerca da doença,  quando detectado precocemente, as chances de cura do câncer de mama são de mais de 90%.

Por isso, é indispensável que mulheres acima de 40 anos ou que possuam histórico de câncer de mama na família  realizem a mamografia anualmente e agendem suas consultas médicas constantemente.

Para saber mais sobre a doença e formas de prevenção e tratamento, acompanhe o Instituto Peito Aberto nas redes sociais: Facebook | Instagram 

Fontes: 

Revista Az Mina

Oncoguia

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