Todo câncer de mama precisa de quimioterapia?
A quimioterapia é uma das modalidades mais conhecidas de tratamento do câncer de mama. Ela consiste no uso de medicamentos quimioterápicos que têm a função de destruir as células doentes e impedir que elas se espalhem pelo corpo.
Apesar de ser o tratamento mais comum, nem sempre essa intervenção é necessária, inclusive na luta contra o câncer de mama.
Mas antes de explicarmos em quais casos de câncer de mama a quimioterapia é necessária, entenda mais sobre essa terapia.
Como funciona a quimioterapia?
A quimioterapia é popularmente conhecida pela aplicação de medicamentos pela corrente sanguínea da paciente. Todavia, atualmente os quimioterápicos também podem ser administrados por via oral, intramuscular ou subcutânea. Em todos os casos, ela tem o objetivo de impedir a multiplicação desordenada das células cancerígenas, eliminando-as do organismo.
A duração desse tratamento varia de acordo com as condições de saúde da paciente e o estágio do tumor.
A diferença da quimioterapia para outros tratamentos contra o câncer de mama é a agressividade, pois os efeitos colaterais da quimio são mais intensos. Por conta disso, é recomendado que essa terapia só seja aplicada em tumores mais avançados (a partir do estágio 2), cujas células cancerosas se proliferam muito rápido ou que não foram completamente retiradas na cirurgia.
Quando a quimioterapia é necessária no tratamento do câncer de mama?
De acordo com dados do INCA, a quimioterapia é utilizada no tratamento de cerca de 30% a 70% dos tumores de mama no Brasil. No entanto, para definir se a quimio será necessária ou não, tudo depende do estadiamento da doença.
Mais da metade das mulheres que recebem o diagnóstico no estágio inicial do câncer de mama podem não precisar de quimioterapia. Isso porque, quando o tumor ainda está pequeno ou não espalhou pelo corpo, o tratamento com cirurgia e hormonioterapia já são suficientes para combater a doença.
Por isso, o diagnóstico precoce do câncer de mama é tão importante.
Todavia, existem casos em que o câncer de mama está em um estágio mais avançado e a quimioterapia se faz necessária.
Esses são os principais casos em que a quimio é utilizada no câncer de mama:
• Quimioterapia adjuvante: realizada após a cirurgia de remoção do tumor, caso ainda restem células cancerosas que não foram completamente retiradas no procedimento operatório;
• Quimioterapia pré-operatória: realizada com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia, permitindo que a remoção do mesmo seja menos invasiva;
• Quimioterapia sistêmica: aplicada quando o câncer de mama está em um estágio mais avançado, em que a cirurgia não é uma opção de tratamento. Nesse caso, a quimioterapia é administrada com foco no controle do tumor, evitando que ele se espalhe para outras partes do organismo.
Quando o tumor é triplo negativo ou positivo para HER2 positivo, o tratamento quimioterápico também é recomendado, pois são tumores mais agressivos e precisam de intervenções da mesma intensidade.
Em todos os casos, é importante conversar com o seu médico para tirar todas as suas dúvidas sobre a quimioterapia, especialmente em relação aos efeitos colaterais. Cada câncer de mama é individual e deve ser tratado de forma personalizada e humanizada.
Referências: Revista Veja e Oncoguia