Vacina para câncer de mama: como estão os testes até agora?

Existem várias formas de prevenir e combater doenças, e um dos recursos mais eficientes de prevenção é a imunização

As vacinas são capazes de prevenir o surgimento de doenças que, antes, levavam milhares de pessoas à morte. O maior exemplo disso (e também o mais recente) são as vacinas contra a Covid-19.

Diante disso, inúmeros pesquisadores do mundo todo trabalham para desenvolver uma vacina capaz de combater uma das doenças que mais levam mulheres ao óbito: o câncer de mama. 

Mas como estão avançando esses testes? Eles já apresentam algum resultado? Quando a vacina será disponibilizada à população? Acompanhe a leitura e saiba de tudo.

Vacina para câncer de mama: entenda como andam os testes

Como você pode ver, cientistas de todo o mundo buscam a cura e a prevenção do câncer de mama.

Na Escola de Medicina da Universidade de Washington, por exemplo, estão realizando testes experimentais para uma vacina que pode ser capaz de tratar diferentes tipos de câncer de mama. 

Vale reforçar que a vacina não visa prevenir o câncer, mas sim tratar a doença. Ainda assim, os primeiros testes tiveram resultados muito positivos, com uma forte resposta imunológica da aplicação da vacina terapêutica à proteína HER2. 

A HER2 é uma proteína na parte externa das células mamárias que promove o seu crescimento. Existem alguns tipos de câncer de mama que possuem níveis mais elevados de HER2 e, por isso, tendem a avançar de forma mais rápida que outros tipos de câncer de mama, além de não responderem a terapias alvo, como a imunoterapia. 

A questão é que a superprodução de HER2 também desencadeia uma resposta imunológica do organismo, que reduz as chances do câncer voltar após o tratamento.

Por isso, a criação de uma vacina específica, que tem como alvo a proteína HER2, é uma ótima notícia para tratamentos futuros.

Quais os resultados dos testes?

Para estimular a resposta imunológica do organismo, os pesquisadores criaram um imunizante que apresenta as instruções genéticas para a proteína-alvo. Com isso, as células começam a produzir a proteína codificada nas instruções de DNA e a apresentam ao sistema imunológico, gerando uma resposta imune.

Ao todo, foram escolhidas para o estudo 66 mulheres que tiveram câncer metastático. Todas elas realizaram tratamento para o câncer de mama e alcançaram remissão completa ou possuíam apenas um tumor remanescente no osso, que tende a crescer lentamente.

A partir disso, as participantes foram divididas em três grupos, com cada participante recebendo três injeções:

O grupo 1 recebeu três injeções de baixa dose (10 mcg) da vacina;

O grupo 2 recebeu três injeções com dose intermediária de 100 mcg;

O grupo 3, por fim, recebeu três injeções de alta dose, sendo 500 mcg de vacina.

A aplicação gerou uma resposta imunológica à proteína HER2 em todas as pacientes. Todavia, a resposta mais forte no tecido mamário foi percebida em pacientes que tomaram uma dose intermediária da vacina – ou seja, 100 mcg.

Além disso, ao final dessa primeira fase do estudo, foi concluído que a vacina é muito segura, com efeitos colaterais suaves, como vermelhidão, inchaço no local da injeção e sintomas semelhantes aos da gripe.

Essa foi apenas a fase 1 de uma série de testes. Agora, é preciso ir para a segunda fase que, se também for positiva, poderá indicar o surgimento de uma vacina eficaz, sendo uma nova opção de tratamento para pacientes com câncer de mama.

Outras vacinas em andamento

Além da vacina em desenvolvimento pela Escola de Medicina da Universidade de Washington, existem outros protótipos em andamento. 

Na Universidade Americana de Harvard, os estudos são para a criação de uma vacina contra o câncer de mama triplo negativo. Até o momento, ela só foi testada em camundongos e macacos Rhesus.

Na Universidade de Stanford, pesquisadores usaram células-tronco para ensinar o sistema imune a lutar contra tumores de mama, pulmão e de pele. O teste foi feito em camundongos.

Ou seja: os testes continuam avançado e tudo indica que, muito em breve, mais pacientes possam realizar testes e obter resultados positivos no combate ao câncer de mama.

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Fontes: O Globo, Revista Galileu e SBM

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